sou a loucura que atravessa o tempo
sem destino ou endereço
estou sempre do teu lado avesso
por cima das pontes por cima dos muros
não quero mastigar tua saliva
pra depois cuspir no prato
navego um Vapor Barato
que nunca sei onde vai dar
vampiro de mim mesmo me devoro
me consumo onde me basta
a besta anda solta em qualquer canto
eu tenho um santo travesso
que afia o fio da navalha para o corte
não tenho medo da vida e muito menos da morte
a loucura é minha Arte é fogo meu teatro
em cada ato rasgo os panos
e não tem planos que remende a minha sorte
Artur Gomes
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