A morte (eita palavrinha que detesto!) de José Wilker,
cearense como eu, aos 69 anos de infarto fulminante, me faz refletir o quanto
cada dia é um dia roubado da morte. Um dia, e bum! Passamos para outro lugar,
pelo menos o espírito, já que o corpo é sempre chão-chão. Morte (eita
palavrinha!) repentina me espanta. Lembro uma entrevista de José Wilker dos
anos 1990 onde ele falava de drogas, do consumo de droga, do chá que ele tomava
de dormideira, que, segundo ele, dava barato. A dormideira é a plantinha que a
gente toca na folhinha e ela se fecha, murcha como se dormisse. Ouvi o Wilker
falando aquilo e saí pelas dunas de meu bairro tocando em tudo que era
plantinha para fazer o tal chá! Durma em paz José Wilker!
2014
Cláudio Portella (Do livro de crônicas 'Picos Hotel', à
venda em promoção com o autor)
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