Neste dia 18 de fevereiro
Ocorreu algo traiçoeiro
O gato Bóris faleceu
E Curitiba ficou no breu
Ele morava numa suave livraria
Dormindo em discos de vinil
Sua vida era uma poesia
Escrita em tinta anil
Ele aproveitou suas sete vidas
De uma forma doce e corajosa
Curando as próprias feridas
Nos espinhos de uma rosa
Anos atrás, Bóris foi sequestrado
De uma forma cruel e traiçoeira
De um jeito muito descarado
Bem no meio da agitada feira
Mas, ele sobreviveu ao cativeiro
Do sequestrador travesso e sapeca
E com seu espírito brejeiro
Voltou a morar na biblioteca
Bóris já caiu tentando dançar balé
Numa linda e bela manhã
Ele quase torceu o pé
Na histórica Casa Hoffman
Mas, um dia, ele estava num estacionamento
Quando de repente, apareceu um pit bull
Que correu atrás de Bóris sem sentimento
Perseguindo o pobre de norte a sul!
O gato desmaiou todo machucado
Mas sua lembrança estará ao nosso lado
Gato Bóris sempre será uma lenda eterna
Passeando, pelo largo, numa rua fraterna.
Luciana do Rocio Mallon
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