- Sou escritor e como tal me pronuncio. Faço da Parafrase
minha arma consciente pra atingir o inconsciente de quem ainda amorfo, usa
cores, tentando com embalagem, dar forma ao que sempre foi..., etérico.
- Hoje, ainda com o troar de todos os sons urbanos de ontem,
em meus ouvidos, penso que tenho um pouco a contribuir com a confusão
existente, ou quiçá, conseguirei aumentá-la..., consubstancialmente.
Meu pensamento voa com o éter fulgurante, sem que seja na
Poesia Lupiciniana, para encontrar outra forma de literatura, a prosa, que de
diálogo em diálogo, expressa coisas que 'muitos' com elas não ficam prosas,
justamente porque..., gostam de prozas.
A viagem no tempo e no espaço me leva a uma 'Re-pública'...,
a Grega, institucionalizada por Platão, na verdade, 'Aristocles', que estudando
incansavelmente, colocava sobre os largos ombros, a responsabilidade dos
conhecimentos, sobre Politeia.
Caminhando sobre pegadas Sócratinianas - Plato - começou a
dialogar com Gláucon e Adimanto. Das muitas perguntas e plurais respostas,
chegaram à conclusão, que o "ato de governar" é se colocar a serviço
do governado, prezando que há caminhos tortuosos, para isso, em que "a
justiça é superior à injustiça", contudo, para atingir tal estágio de
sabedoria, "é preferível sofrer a injustiça", ao invés de
"praticá-la".
Ele e os demais entenderam, que no lugar que houvesse
justiça, ali estaria à felicidade.
Na sequência percebeu ele - Platão - pelos debates advindos
das questões não clarificadas, os meios que estipulam e asseguram a existência
de alguma substância fisiológica e anímica, que se adequaria a uma cidade bem
ordenada, com público fiel e sempre permanente, que se re-novaria em
sequitários de alguma Regentia, pois, haveria assim, o poder exercido por
alguém em nome de outrem, e que em tal função usaria do libre verbo, para
'Regere' o comando e exercer o 'Poder' desde que fosse, ligado ao 'Rei'.
ó que..., passou o tempo e o espaço é outro, não o da Obra
de Platão, que recebeu a classe quatro, como parte bibliográfica naquela
literatura. Esse ponto trata da Educação Filosófica dos Governantes que deverão
'Instalar' e 'Preservar' a 'Ordem' na existência Politeica.
A 'Ordem Justa' aparece na questão mais crucial do tema –
"Re-pública" – preconizando que a justiça é melhor que a injustiça,
mas, abrindo espaço para a discussão se..., "O Homem Injusto Terá Vida
Mais Regalada Que O Justo".
Definindo a questão, o embate e findando o encalorado debate
que se prolongou sobre a ordem justa, chegam os Sábios, a resposta conclusiva:
- "A justiça é preferível à corrupção".
A República - de Platão - tem argumentação dialética.
Pensamento dialético é caracterizado por "Apreender A Realidade À Luz De
Posições Contraditórias", que ao final, passam a ser conhecidas e
compreendidas..., uma, como a "Verdadeira", e a outra, como
"Falsa".
Paralelamente a tudo isso, surge então, uma alusão à imagem
da – "Lindíssima" – "Alegoria Da Caverna", que
correspondente ao confronto do Ser encavernado, que num repente, descobre do
lado de fora, a luz, o sol, a claridade e tenta mostrar aos que dentro da
caverna – "Ignorância" – permanecem, que lá, só tem as trevas e a
escuridão, afinal..., é uma caverna.
Eu e a dialética que apresento aqui, damos uma ideia de
confronto com todo e qualquer tipo de empirismo. Não sei se sou dialético
ascendente ou descendente, e isso também não me importa, já que tal questão
abriria possibilidade da tentativa de "Corrupção" da minha ideia,
devido à incorporação dela em uma situação empírica.
Na caverna..., estamos, mas..., "Há Luz" !
- Resta saber..., onde !
17 de Março de 2016
Olinto Simões.
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