Auber Fioravante Júnior
Assim que noite acordou
Uma mística de versos desaguou
Por sobre uma pedra macia, entalhando,
Esculpindo em soneto tudo que alma marejava
Pelos francos da dor... Oh, plenitude!
Os guias escribas já chegaram
Em suas lendas vivas, centelhas brilhantes
Adentrando pelo breu de cada palavra proferida,
Uma avenida centrada no sentir, das ondas
Poetando n’areia o velar do luar!
No instante que se aguarda
Suavemente um silente imprime-se
Entre quadrantes sul do poema,
Que encouraça mistérios, se dá em venturas
Do âmago, da história zelada pelo amor!
Que os pássaros noturnos
Alcem voo em nome da melancolia,
Lágrimas não refletem uma mera ilusão!
Da origem das letras de Platão
O cristal filosofal fazendo-se poesia,
Dentre as daquele jardim germinando
Versículos íntimos induzidos pel’alma,
Irmã no sorriso, amiga no negro lamento!
25/05/2013
Porto Alegre - RS
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