sábado, 18 de maio de 2013

Cancerígena nas tuas letras




A obscuridade da tua crueza
Ironia despudorada
Abriu minha porta nua
E a eletricidade do teu canto
Rompeu com meus signos de pedra

Quantos anos de exílio
Merece esta loucura?
Um chute no infinito
E mais um hino devorado

Vastos campos de leite e pólen
No suadouro cativo deste menino
De peito liberto na ciranda
Em madrugadas sem saída

Da dor e do sentido
O escalpe definitivo
No canivete primordial
Minha confusão deita ao teu lado
Para sangrar meus ouvidos

Rita M.


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