a esta carcaça
que já não somos
a este feixe de músculos nervos ossos
sem memória
sem livre-arbítrio
para beber mais um trago
ou praticar maldades
ou enganar trouxas
ou escrever poemas
esta provisória carcaça
que demorou tanto
para perceber
que sem aquilo que alguns chamam de alma
outros de ânima
e outros não chamam de nada
era realmente
nada
ainda que fosse tudo o que tínhamos
para viver a vida
Ademir Assunção
21/05/2013
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