Na Idade Média, uma caravana de ciganos montou acampamento
perto de uma vila. Só que a Inquisição do local era muito rígida e mandou sete
ciganos, acusados de curandeirismo, para a forca.
Assim, eles foram enforcados em praça pública e seus corpos
seriam esquartejados no dia seguinte.
A cigana Salma fugiu para a floresta e chorou muito naquele
dia, pois todos os seus familiares morreram. Ela estava se lamentando, quando
de repente viu um duende que perguntou-lhe:
- Por que está chorando ?
A menina respondeu:
- Porque os meus familiares foram enforcados pela Inquisição
e nem o direito de enterrá-los debaixo da terra terei, pois seus corpos serão
esquartejados amanhã.
Então, a criatura, com pena da moça, explicou:
- Eu posso oferecer-lhe sete catacumbas subterrâneas.
- Quando fizer meia-noite, chame o que restou dos ciganos,
para que eles peguem os corpos. Assim, poderei levá-los até as sete catacumbas.
A donzela obedeceu ao duende que lhe mostrou sete túmulos
subterrâneos, onde as pessoas foram enterradas.
Porém, quando Salma voltou ao acampamento para fugir com seu
povo, guardas da Inquisição prenderam a pobre e a condenaram à forca, também.
Mas, no dia seguinte, a corda da forca arrebentou, os
inquisidores acharam que o fato tratava-se de um milagre e soltaram a cigana e
liberou seu povo para partir em busca de outras terras para acampar.
Por causa desta lenda, Salma passou a ser chamada de Cigana
das Sete Catacumbas. Falam que quando ela entrou no céu, São Pedro disse-lhe:
- Sua alma voltará a Terra, pois sua missão será cuidar dos
cemitérios.
- Pois, você castigará toda a pessoa que profanar qualquer
túmulo.
Desta maneira Salma ficou conhecida como a Cigana das Sete
Catacumbas, ou, Pomba-Gira das Sete Catacumbas.
Luciana do Rocio Mallon
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