sábado, 18 de julho de 2015

O BOTEQUIM



Reuniram-se em conferência
Os viciados em presidência
Aécio, José Serra e Alckmin
E após os confusos e cômicos
Apertos de mão maçônicos
Sentaram-se no botequim.

Aécio Neves já havia bebido
E devido ao nariz entupido
Espirrava melecas ao léu
E José Serra por ser prevenido
Usava um capacete colorido
À prova de bolinhas de papel.

Alckmin com cara de crente
Disse que desejava ser presidente
Somente para fazer um teste
Queria administrar o Brasil
Do jeito ineficiente e servil
Com que administra a Sabesp.

Serra logo se indignou:
‘Que isso Alckmin, pirou?
Você vai acabar com a Nação’
E Alckmin batendo no peito:
‘Você Serra se ganhar o pleito
Vai nos doar pra Chevron’.

O grupo ficou insatisfeito
Quando Aécio falou: ‘Fui eleito
Presidente da República de novo
E o PSDB é o principal
Partido que tem como ideal
Ser oposição ao Brasil todo’.

Aí o pau quebrou
E Aécio Neves surtou
E tentou enforcar o Geraldo
Que nervoso deu um pontapé
Bem na pança do José
Que voou lá pro asfalto.

No meio da confusão
Apareceu um garçom
Que gritou: ‘Socorro’
E cheio de truques
Surgiu o super
‘’Capitão Moro’’.

Ele mastigou o código penal
E fez um prato especial
Com a Constituição brasileira
E com gritos bem afáveis
Chamou os presidenciáveis
Para tomarem a saideira.

Então fizeram um brinde ao golpe
E quando tomavam o último gole
Já calmos e menos afoitos
Lula e Dilma se aproximaram
E baixando as portas avisaram:
‘Só reabriremos em 2018’.


Eduardo de Paula Barreto 

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