sábado, 18 de julho de 2015

O VENTO DAS HORAS


O peito aberto ao pó do vento
leva adiante meus passos na Terra
faz calar a doença das horas
faz-me perder na mata cerrada
entre sonhos, delírios e a dança
dos fantasmas desgraçados.
Os olhos largados no longe do tempo
traz do passado o sorriso de leite,
do leite mamado.
Que vislumbra o horizonte
nem cinza, nem preto,
apenas a luz numa trilha de pedras
que faz-me cegar as tragédias do dia.

Manoel Ricardo


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