(rodrigo madeira)
Quando apagar a luz, meu bem
Acenda as lanternas de suas mãos
Quando abrir os olhos que não veem
Me ilumine a luz de um lampião
Me vele seu facho-rosto
E sue a cera de tanto ardor
Bem no centro de seu corpo
A fogueira queime este pecador
Quando nascer o sol, meu bem
Seja ainda noite de sono e breu
Quando acordarem os pássaros e o trem
Só olhe à frente o urgente orfeu
Escândalo em silêncio
O incenso indecente da flor
Que eu seja terra e talo
Onde floresça o seu amor
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