sábado, 6 de fevereiro de 2016

.. e mais um pouco deste nada que julgo ser.
... assim, como se escapa desta verve
Aquilo que ouso reviver d'antanho,
Minh'alma é o que sou desse tamanho
Desde que algo de mim mesmo conserve...
... e entre letras, que um pouco me preserve
Do que me sobeja de um jeito tão estranho
Quando o demais que me cerca é tão tacanho
Por muito que o mundo ausculte e observe...
... assim, num solilóquio que ninguém escuta,
Triste vou falando para ouvir o próprio eco
Do que este vago olhar algures perscruta,
Esse eterno vazio onde me redimo e peco
Sempre que algo de mim do nada desfruta
Para resgatar tudo o que tenho e hipoteco.

Luís Corredoura dixit

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