segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

CACOS


Tenho pedaços de mim espalhados por aí, levados pelo vento, pela chuva, pelo pensamento. São cacos soltos, como os de um vaso quebrado, que não colam mais. Como os de um quebra-cabeça, cujas peças desgastadas, não mais encaixam-se. Não consigo juntá-los e nem por isso me multiplico, apenas vou desaparecendo, me distanciando e a cada vez que me desiludo, mais cacos vão surgindo e vou ficando menor, menos inteiro e vou virando partículas de poeira, de lágrima, de esquecimento...

Luiz Medina

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