Mary era uma senhora que trabalhou a vida inteira como
diarista. Ao completar setenta e cinco anos, sua família a proibiu de trabalhar
porque ela estava ficando fraca psicologicamente. Então seus parentes
resolveram deixar esta anciã aos cuidados de Vicky, uma moça de quarenta anos,
que era a única a permanecer em casa o dia inteiro, numa enorme residência.
Mary, inconformada por não poder mais fazer faxinas, teve
uma ideia “cabulosa”. Por isto, um certo dia, colocou sonífero na bebida de
Vicky e saiu pela redondeza, com o objetivo de verificar quais casas precisavam
de limpeza.
Após uma semana, de observação, a idosa continuou a colocar
calmante na comida de sua cuidadora, que passou a dormir o dia inteiro. Porém a
anciã passou a invadir casas sujas que precisavam de faxina com o objetivo de
limpa-las. Ela sempre abria a porta com um grampo de cabelo e dentro das
residências, executava o seu trabalho de diarista.
Naquele bairro, havia uma república de estudantes com três
moradores: Felipe. Alexandre e Marcelo, que nunca limpavam a casa. Numa noite,
quando eles chegaram da faculdade, se depararam com um ambiente limpo. Porém,
acharam estranho que nada foi roubado. Casos semelhantes passaram a ocorrer com
residências daquela mesma região.
Até que os moradores do bairro colocaram câmeras de
segurança, em algumas ruas, para acabar com o mistério. Deste jeito, Mary foi
vista entrando na casa do Seu Arthur para fazer limpeza.
O problema é que, em vez das pessoas agradecerem pelo
serviço gratuito, todas se revoltaram contra a velhinha, que morreu dois dias
depois que foi flagrada.
Porém, um mês após toda esta confusão, as casas voltaram a
ter o mesmo serviço de faxina misterioso.
Alguns videntes e paranormais que visitaram o bairro
afirmaram que era o espírito de Mary que continuava fazendo faxina nas
residências que mais precisavam.
Luciana do Rocio Mallon
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