quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Frágil


Há algo que no dentro de mim conspira
Um exército de mesquinhez e malfeitores
Alardeando que por hora não se inspira
Nos contos de fadas ou eternos amores

Há algo além, vago, à caminho do cerne
Que se ajoelha diante da batalha perdida
E ao corte da navalha que expõe a carne
Do reinado de um rei devastado em vida

Há algo frágil, e do meio pros cantos
Faminto de rubro vinho embrutecido
E da embriagada luxúria dos prantos
Dum Eu posto em taça, desconhecido

Copirraiti08Mar2014

Véio China©

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