“Eu precisaria de
alguém que me ‘ouvisse’, mas que me ouvisse sentindo cada palavra como um tiro
ou uma facada. Porque é assim que eu ouço as palavras ligadas a esta história.
Cada uma tem seu significado sangrento, no estranho ‘Sertão’ que venho edificando
aos poucos, ao som castanho e rouco do meu canto, como um Castelo de pedra
erguido a partir do Sertão real.”
.
- Ariano Suassuna, em “História d’O Rei Degolado nas
Caatingas do Sertão ao Sol da Onça Caetana”. Rio de Janeiro: José Olympio,
1977, p. 80.
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