Em todas as cidades, principalmente nas de pequeno porte,
onde todos conhecem todos, sempre existiram e existem pessoas conhecidas por sua
dedicação ao próximo que, mesmo depois de seus passamentos, vivem nas memórias
de todos que as conheceram.
Em Piraí do Sul não é diferente, e um exemplo marcante
desses abnegados foi o casal Dinorá Quirilo Milléo e Sanito Milléo - dona Didi
e seu Tota -. Muito embora fossem comerciantes na área da saúde, proprietários
de farmácia, sempre extrapolaram as suas funções, procurando ajudar os que não
tinham recursos para manter os seus tratamentos, saindo de casa a qualquer hora
do dia ou da noite para aplicar injeções nos doentes, de alguma forma tentando
aliviar a dor e o sofrimento de seus concidadãos. Eram altruístas por
excelência.
Dona Didi, com seu sorriso cativante e sua voz cadenciada,
encantava a todos com a meiguice e o carinho que lhes eram peculiares, nunca se
ouviu dizer que tivesse rusgas com quem quer que fosse. Além desses seus
predicados, somem-se ao fato de ser uma excelente dona de casa, dedicada à
culinária, fazendo sempre cursos de aperfeiçoamento e confeccionando pratos
diversos para brindar os seus familiares e amigos.
Seu Tota, com a sua simplicidade e seu modo de ser, era
homem de muitos amigos e a quem todos queriam bem. Além do seu mister no
comércio, gostava muito da vida no campo e tinha uma chácara onde criava,
plantava e passava os seus momentos livres.
E são pessoas devotadas como eles que ajudam e ajudaram a
construir uma cidade mais humana e singular como é Piraí do Sul.
Jorge Abrão
CONCURSO DE CRÔNICAS E POEMAS "PIRAÍ DE ANTIGAMENTE"
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