Nossa infância em Pirai foi repleta de alegrias,
brincadeiras e peraltices.
Vou simplesmente relatar alguns fatos, esperando que “os
personagens” se identifiquem e curtam estas lembranças.
Quem se lembra de algumas pescarias e acampamentos no tanque
de uma olaria lá no Butiá? Quando era fisgado algum peixe (cará, lambari ou
traíra) saímos correndo e gritando:
- Batatinhaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Naquela mesma propriedade fizemos algumas “maldades”, tais
como: caçar rolinhas, fazer guerras de pelota de argila e até mesmo assar
churrasco na boca do forno de queima de tijolos.
Sem contar que num certo dia, no retorno para a cidade,
todos de bicicleta (naquele tempo era bicicleta e não bike) ouvimos um forte
barulho oriundo do mato, nas proximidades da bica de água; lembro só do
“tropé”; teve um que até carregou a bicicleta nos lombos....
E o campinho da Gerça, quantos “corridões” levamos. Um dos
“atletas”, quando ficava irritado, levava as traves e a bola para sua casa.
Tinha também o barracão aonde íamos “caçar” morcegos, ou
melhor: “vampiros” para dar mais emoção.
O tanque do Zé Mico, onde tomamos muitos banhos e também
muitas pescarias.
As “praínhas” do Vete, do Orestes e da Apolônia, refrescaram
muito de nós; quantas vezes (muitas escondidas de nossos pais) frequentamos
aqueles locais?
O time de futebol de salão do “Paraná”, cujos treinamentos
eram realizados na quadra do Clube União Piraiense, disputando varias partidas
nas cidades da região;
Numa das viagens, acho que para Carambeí, um dos nossos
amigos, hoje comerciante, chegou num restaurante e foi perguntando: “O moço,
quanto sai este kochito?”, se referindo ao chocolate da moda: Chokito.
O morrinho, local de manobras da estrada de ferro,
aparentava ser uma elevação gigante, da qual descíamos felizes a bordo de
pedaços de papelão.
São apenas algumas reminiscências, cujo objetivo principal é
relembrar nossos bons tempos na nossa terra natal.
George Abrão
CONCURSO DE CRÔNICAS E POEMAS "PIRAÍ DE
ANTIGAMENTE"
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