Faço briefings o tempo todo. mas isto não é nada
comparado a flor azul sem crase que atravessa a imanência hormonal das palavras
de minhas irmãs. elas trazem conchas, revoluções, discordâncias. tudo em
pétalas de bruxa lacrimosa. quando a bruxa chora e chove sobre a terra. os dias
estão difíceis, pois invoquei pavonia, de uma forma mais evolutiva que a forma
espiritual. ela quer dizer e ainda me confunde. sua carne provável impede-me de
realizar poemas. e eu sofro cortando a face dos dedos (falanges de água sutra)
no império das imagens. mas sei que ela dirá, pois não está sozinha. tem um
príncipe emancipado que me disse não ser possível alcançar a realeza sem uma
rainha forte. flor azul de minhas indecisões: torço que nasça com um rebento
inadmissível na terra dos sonhos mortos. forte na corpulência das beatitudes da
sororidade. e mais não digo, porque o vinho é insano de rubis e versículos de
animais marinhos. e por hoje, contento-me na invocação de nomes femininos que
soam o álcool de cereais na desenvoltura alquímica dos perfumes.
Andréia Carvalho Gavita
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