Por volta do ano 250 a. c. existia um navegador chamado
Aristóteles Timóstenes. Um certo dia ele decidiu navegar com o seu barco. Mas,
de repente, foi surpreendido por uma forte tempestade e, no meio da confusão,
sua bússola simples, feita de pedras especiais, quebrou. No meio daquela
chuvarada, ele percebeu que uma moça se afogava no mar. Então, jogou uma
espécie de boia feita de bexigas de animais, que estava amarrada a uma corda,
em direção da jovem. Assim ela chegou até seu barco e lhe agradeceu:
- Obrigada, senhor!
O homem disse:
- Disponha!
- Porém não sei se conseguirei achar terra firme, depois que
esta tempestade passar, porque meu aparelho guiador quebrou.
Naquele mesmo instante, a chuva parou e o Sol voltou a
brilhar.
Desta forma a moça explicou:
- Sou a cigana Rosa dos Ventos e posso construir uma bússola
nova para você. Basta eu sapatear, em forma de círculo e formar uma estrela com
as batidas dos meus pés no chão do seu barco.
Desta maneira, a donzela bailou os passos prometidos e
formou uma flor, que acabou virando uma bússola diferente que mostrava todos os
pontos cardeais porque apontava a direção dos quatro sentidos fundamentais de
orientação geográfica e representava uma volta completa do horizonte, com seus
pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste; pontos colaterais: nordeste, noroeste,
sudeste e sudoeste; e pontos subcolaterais: nor-nordeste, lés-nordeste,
lés-sudeste, su-sudeste, su-sudoeste, oés-sudoeste, oés-noroeste e
nor-noroeste.
Assim os dois chegaram a uma ilha. Mas a cigana faleceu na
floresta deste lugar e nasceu uma flor debaixo do solo onde se corpo foi
enterrado. O problema é que seu amigo, navegador, não conseguiu divulgar tão
bem o novo modelo de bússola.
Alguns séculos depois, Rosa dos Ventos apareceu nos sonhos
noturnos de um outro inventor, chamado Flávio Gioia, onde ela ensinou este
homem a fazer uma nova bússola, com seu nome, por meio de uma agulha sobre um
cartão onde havia uma flor desenhada. A partir daquela noite, este tipo de
instrumento tornou-se popular.
Reza a lenda que a cigana Rosa dos Ventos é uma entidade que
ajuda as pessoas que estão perdidas, precisando de uma direção. Ela, também,
auxilia seres que se perdem em lugares ermos e não conseguem mais voltar a seus
locais de origem.
Luciana do Rocio Mallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário