Dez reais não é muito dinheiro, eu sei. A nota vermelhinha
estava lá, no meio de um encruzilhamento bem transitado de São Paulo, onde os
carros rodopiavam em muitas direções. Já do outro lado da rua fiquei observando
a dança dos dez reais entre pneus, pneumas e pensamentos. Ventava forte e eu
esperei mais espectadores para aplaudir em grupo a dança inusitada. Ninguém
olhava pra isso, ninguém... Quem sabe o vento a leve até a janela de alguém que
está precisando, pensei. Meus pés sempre procuram dançar e foi bem ali, no meio
dos meus sapatos que a nota foi parar. Obrigada, bons ventos de São Paulo. A
nota de dez reais está aqui, comigo, nem vou gastar, que fique como talismã dos
bons dias com suas surpresas a tiracolo. Bom dia queridos leitores, amigos,
parentes de perto e de longe.
Gloria Kirinus
Nenhum comentário:
Postar um comentário