domingo, 24 de agosto de 2014

Há certas cintilâncias

Há certas cintilâncias
que acontecem somente às seis da manhã
de uma madrugada pós-coito de um chuvarada
enregelante em uma cama pós aquecida de memórias
em um quarto meio escuro meio pré adolescente cansado
de tantas recordações ainda por vir.
Cintilâncias há de tê-las, há de vê-las com frequência,
nunca com a mesma força ou idêntica pujança, porém,
do que destas das seis da manhã.
Pois seus olhos ainda estão fechados.
Sua respiração ainda quase inexiste.
Seus cabelos emaranham-se com as cobertas.
E sua pele...
Sua pele ainda cintila da noite.
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cintilas

claudinei vieira

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