Priscila Merizzio
Recebi um e-mail que deixou-me bem pensativa.
Tranquilamente, muitas pessoas gastam dinheiro com celulares caros, contas
telefônicas, cervejas, cigarros, maconha, restaurantes, roupas de marca,
artigos supérfluos e etc. Na hora de ajudarem com patrocínio para projetos
artísticos ou de comprarem um livro de R$35 ficam reclamando que não têm
dinheiro. Cada um compra o que quer e o que pode, afinal, somos todos livres e
temos nossas prioridades. Também não banco aqui a rancorosa, banco a lúcida.
Entenda quem tiver sabedoria para. A quantia de gente que me pediu exemplar
gratuito de Minimoabismo (ed. Patuá, 2014) não está no gibi. Logo que falei que
lançaria um livro, brotou pedinches de lugares inimagináveis. "Me dá um
livro?". Eu disse, pacientemente e automaticamente que não, não poderia
dar meu livro porque sairia do meu bolso ou da editora. Recebi caras feias de
todos os lados. Não querem comprar, não comprem, até porque, sou mascate de mim
mesma até certo ponto. Agora, ficar pedindo exemplar? Minha família e alguns
amigos viajaram de fora para participarem do lançamento e compraram exemplares.
Quero dizer, não dei livros nem para minha mãe, que em nenhum momento pediu
exemplar para ela, aliás, foi uma das primeiras a dizer que compraria livros
para me ajudar, se assim precisasse. Pelamor!
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