quinta-feira, 28 de agosto de 2014

caixa do mundo meu

Meu mundo é essa caixinha
de vidro notável, inoxidável
e alumínio transparente,
de pele de ventania polida
e murais de sussurros,
de paredes de fornalhas de três segundos
e pensamentos inquietadores infinitesimais,
de contradições ortodoxas desaforadas
e devaneios insolentes,
puro diamante bruto esverdeado derretido
em confeitos de amendoim paçocado.
Tenho esse mundo
e ele é meu, degringolado e inibido,
escamoteado e assumido.
Esse meu mundo é essa caixinha que parece pequena
e, na verdade, a bem dizer, é mesmo pequena,
minúscula,
degringolada e inibida,
assoberbada e translúcida,
e é minha.
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caixa do mundo meu
claudinei vieira

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