sábado, 1 de agosto de 2015

jardim das saudades



lá onde o vento faz a curva
o silêncio morreu e esqueceu de deitar
é tanta flor que ali murcha
que o tempo para de respirar

begônias, cravos, jasmins,
onde foi que deixei meu perfume?
onde meu verso cravejado de sins
fazendo bonito como de costume?

meu amigo, meu irmão,
o que existe lá do outro lado?
ouço bater meu coração
e tudo está consumado!


antonio thadeu wojciechowski

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