Estou tatuado nas coisas nômades;
desfiado em suas cicatrizes. Carrego-me,
transparente, entre leões e amebas( e
a fome sem passaporte). Converteram-me
ao jugo dessas pedrarias. Por isso, cintilo
na borda em que sangro.Mais de uma vez,
a porta se abriu em meu crânio, trazendo
a chuva e teia do minotauro. Mais de uma
vez, a lua queimou meus olhos, trazendo
a sarça, a espera e o amor das uvas. Mas
agora, é barlavento e as palavras são
feitas de tempestade.
SALGADO MARANHÃO
(Do livro Avessos Avulsos).
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