Tenho pena dos arbustos arredondados
Podados feito taças que nem podem
Conter a chuva
Tenho pena da amputação
Dos dedos esvoaçantes
Loucos para acariciar o vento
Tenho pena dos cortes programados
Dói a simetria
Dói submeter-se à régua plana
Com que medem
Gente, plantas, asas e esperanças
Bárbara Lia
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