As jararacas escondiam-se no terreno da vó e tentavam me
morder. Não havia segurança em lugar algum. Regina Almeida foi a primeira a
alertar-me. No começo sentia medo. Depois, acostumei-me a desviá-las. Uma delas
escondeu-se na sapatilha da irmã. Objetos inofensivos embebidos de veneno. No
fim, um primo de segundo grau deu a vida por mim e deixou-se morrer. A jararaca
virou pedra e a família para sempre comemorou o feito. Ninguém sentia tristeza.
Fiquei confusa. O sonho terminou com uma voz dando-me aula sobre design de moda
esportivo.
Priscila Merizzio
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