"[...]
As imagens mais fascinantes
são nossos retratos desfocados
tirados na sala-de-estar de um amigo.
O olhar congelado
(insistentemente)
sobre minha testa
enquanto observo seus lábios finos
à meio caminho de uma palavra.
Mais tarde,
desabamos na banheira,
nossos corpos entrelaçados:
peso sobre peso.
Imersos em água quente
só podíamos levantar
em câmera lenta."
Os poemas da Enaiê Mairê Azambuja
no escamandro
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