Caró Lago
Não só essas meninas de rua são invisíveis
como também são as paredes
da casa delas
na calçada
desenham planta baixa no asfalto
esperam que entendam o seu abstrato
projetam uma porta
no corpo, livre e aberto
sonham com grades torcidas em flor
devaneio de evitar uso capião
em suas bolsas imaginárias
cabe um mundo
batom, grampo, navalha,
absurdos
e a violência
por ser a mais transparente
acaba aparecendo muito
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