Ninguém pode viver numa canção
como no útero protegido da mãe.
Uma hora vai sair,
a canção tem que acabar.
Há músicas dissonantes e inacabadas,
partituras para executar o silêncio,
baquetas quebradas,
cordas rompidas.
Sobra a melodia da fala,
linear e rala.
Ninguém,
se alguém não for assim,
me diga.
Ninguém fez seguro
contra infelicidade.
poeta gaúcho Ricardo Silvestrin ,em
mallarmargens
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