Amanheci ouvindo estrelas.
Sabem. . . aquelas últimas
que insistem em brilhar nas manhãs,
desafiando o sol; dos notívagos,
fazendo-se íntimas.
Sensação, de todo, inusitada.
Torrente a invadir-me a alma, em revoada,
a descerrar portas fechadas à novas percepções.
Cá dentro, sensação de terremotos e furacões.
Suave volúpia da inspiração alforriada.
Por não encontrar a chave da casa,
num ímpeto, arrombei a porta,
escapando, por fim, duma esperança duvidosa.
Do lado de fora, envolto em música e luz,
nem pensei em voltar para fechar a porta,
que restara escancarada.
Apenas, aprumei o corpo, e segui. . .
Sem tempo nem de olhar pra trás.
- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, na Lapa, em
16/04/2011 -
Enviado ao Rec. das Letras por jlsantos em 16/04/2011
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