O rio de minha cidade vem florido
dos flamboyants da praça
cresce de uma nascente inominada
segue entre as pedras
e aprende seus segredos
exposto às ruas mais cínicas do mundo
: o rio de minha cidade é sem-família
avulso e manso e sonso
como um
menino de rua.
De repente
o curso o leva à praça
e se é verão
as árvores mais belas se olham nele
e o rio desabrocha
em pétalas que singram seu silêncio.
De repente
o curso o leva à praça
e se é verão
as árvores mais belas se olham nele
e o rio desabrocha
em pétalas que singram seu silêncio.
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