Madrugada.
Ninguém na rua. Só eu,
Pensando
em versos, caminho em paz.
O céu
está limpo. Como um camafeu
Preso, a
Máquina Pneumática jaz.
Ter
constelações e não ser capaz
De amar,
de lembrar o que se perdeu
E
infinitamente querer mais
Do que a
emoção que essa noite me deu.
Ser
poeta, equívoco da criação,
Caminhar
à noite como um zumbi,
Sozinho
ser mais que uma multidão.
Ah! uma
dor assim eu nunca vi...
Dói e
essa lágrima que vem de fora
É toda a
beleza que garoa agora!
Antonio
Thadeu Wojciechowski
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