||
|| sob
o forte sol da moral encontro as amarras do homem ||
||
como no deserto aonde o espírito se torna um leão ||
||
após ter passado a vida inteira como camelo ||
|| mas
isto não é forte || ser espírito de leão não é forte ||
|| q a
criança aflore dentro de meu espírito perturbado ||
|| não
quero mais lutar com a vida nem com a morte ||
|| q
no silêncio de minha prisão ecoe o gemido do prazer amoral ||
||
então sorrirei ao sentir tua pele tocar a minha ||
||
então louvarei vênus ao sentir tuas pernas se enroscarem nas minhas ||
||
quem sabe em ti encontre repouso à meu espírito perturbado ||
|| q
no desejo intenso do teu corpo encontre o bálsamo para tanta ferida ||
|| do
demasiado fardo do camelo e das estéreis lutas do leão ||
|| mas
a noite já se finda e o sol moral raia no horizonte ||
|?|
terei a ousadia da criança |?| q mesmo ao pingo do meio-dia ||
|| se
agarra aos seios de sua amada e se torna mais forte ||
||
anseio pela noite pois no escuro a lágrima e o riso é o mesmo ||
|| à
noite tudo é canção tudo é poema tudo é paixão ||
|| sob
o sol da moral tudo é sacro tudo é imaculado tudo é fraco ||
||
Geovanne Otávio Ursulino
Nenhum comentário:
Postar um comentário