segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sede




Eu tenho sede de viver grandes emoções
A alma pede a poesia que verte da tristeza
Tento  disfarçar a excitação em sutilezas
Mas desejo, sôfrega, o vigor das paixões

 E mergulho em olhares amargos, soturnos
Intrusa, buscando suas dolorosas historias
E rasgo caminhos nas próprias memórias
Para melhor sorver a dor de seus infernos

Assim sinto um pouco de vida nas veias
E sou parte de algo por um momento
E mais eu mergulho e nunca a contento

Até me misturar às  feridas alheias
E a tragédia humana a latejar , enfim
Silencia o tédio a sussurrar em mim   

Iriene Borges   






Um comentário:

Deisi Giacomazzi disse...

Tão exato
tão sensível
tão belas palavras