Nos anos 50 , Zé era um moço do interior que amava plantar
flores e seu sonho era se casar com uma donzela com mais de quarenta anos de
idade. Uma vez, ele saiu do sítio para tentar a vida em Curitiba. Então se
hospedou numa pensão. Mas os dias se passavam e nada do pobre conseguir um
emprego.
Numa certa manhã, o rapaz passou na frente de um jardim e
orou:
- Deusa das Flores, ajude-me a conseguir um emprego.
Então ele estava andando por um bairro chamado Cabral,
quando, de repente, uma moça com margaridas na cabeça ofereceu-lhe um buquê de
rosas e explicou:
- Na floricultura da esquina estão precisando de empregados.
Deste jeito, Zé foi até o local e viu que, realmente, tinha
uma placa com a seguinte frase:
- Precisa-se de funcionário.
Deste jeito, o moço entrou no estabelecimento, conversou com
os proprietários e conseguiu o emprego.
Uma vez pediram para que Zé entregasse um ramalhete de rosas
no centro da cidade para uma moça, com mais de quarenta anos, que todos diziam
ser intocada. Porém, no meio do caminho, o rapaz foi atropelado. Porém, seu
fantasma ficou rondando a região. Mesmo assim ele não conseguiu achar o
endereço da destinatária.
Perto daquele local, havia um hospital, onde uma das
pacientes de Câncer era uma virgem com mais de quarenta anos de idade. Então Zé
entrou no quarto da moça, ofereceu um buquê de rosas e a convalescente sorriu.
Porém, ela faleceu no mesmo instante.
Dias depois, uma professora , de meia idade que todos diziam
ainda ser intacta, estava andando em direção ao ponto de ônibus. Desta maneira,
como um raio, Zé apareceu com um buquê de flores e ofereceu a esta mestra. A
senhora ficou contente, mas desmaiou e morreu, no mesmo instante.
Uma semana após isto, uma beata de cabelos brancos que todos
diziam ser invicta, saia da igreja quando, de repente, Zé lhe deu flores.
Porém, naquele mesmo segundo, a moça caiu e faleceu.
Na época surgiu a lenda do Fantasma da Floricultura, que
oferecia flores para as donzelas que encontrava na rua. Mas, segundo os boatos,
a virgem que aceitasse o presente, morria na hora porque o fantasma queria
montar um harém com donzelas maduras no céu.
Dizem que até hoje, este fantasma assombra as moças da
cidade.
Luciana do Rocio Mallon
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