Em Curitiba , no final dos anos 70 e começo dos anos 80, uma
mulher assombrava maternidades e escolas: a Loira do Corcel Preto. Reza a lenda
que ela tinha o apelido de Letinha e costumava roubar recém-nascidos de
maternidades. Mas seu método era este: ela se vestia de enfermeira para entrar
no hospital. Depois trocava os recém-nascidos por crianças já mortas. Deste
jeito os funcionários, da maternidade, falavam para a mãe que seu filho tinha
falecido. Mas, no fundo, Letinha sempre vendia estes bebês para o exterior.
O problema era quando apareciam encomendas de crianças com
mais de dois anos de idade para Letinha. Para isto ela pegava o seu Corcel
preto, ficava de tocaia em escolas, oferecia balas às crianças que estavam
sozinhas e as empurrava para dentro do seu automóvel. Muitas vezes estes
meninos maiores não eram sequestrados para a adoção, e, sim encomendados para
rituais de magia negra ou tráfico de órgãos.
Por causa de suas aparições, sempre com o mesmo carro,
Letinha ficou conhecida como a Loira do Corcel Preto.
Uma vez meu amigo Ricardo Souza, tinha seis anos de idade, e
foi abordado por uma moça branca, em frente ao jardim-de-infância, falando que
tinha balas dentro do seu carro. Assim, o menino estava indo em direção ao
automóvel. Quando, de repente, uma garota começou a gritar na esquina:
- Não entre neste carro!
- Pois é o carro da bruxa do Corcel preto!
Ao ouvir estas palavras, Ricardo saiu correndo.
Apesar de tudo, Letinha continuou roubando bebês em
maternidades, até que um dia policiais disfarçados de enfermeiros pegaram a
moça no fraga tentando dar mais um golpe. Deste jeito, ela foi presa.
Reza a lenda que, hoje, Letinha já foi solta e mora no
litoral de Santa Catarina, onde trabalha como cartomante e não suporta a
presença de crianças ao seu redor.
Luciana do Rocio Mallon
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