TENHO ciúme
Do ar que gira
E que respira
O teu perfume.
Tenho ciúme
Da luz que bebe
Nos olhos d'Hebe
O brando lume.
Tenho ciúme
Desse retiro
Que ouve o suspiro
Do teu queixume.
Tenho ciúme
Da flor, senhora,
Que em ti adora
Celeste nume.
Tenho ciúme
De quanto existe
Que me fez triste
E me consome.
MEA CULPA!!!
José Martiniano de Alencar (Messejana, 1 de Maio
de 1829 — Rio de Janeiro, 12 de Dezembro de 1877), jornalista, político,
advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo
brasileiro.
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