Segue comigo pela vida afora
Uma dor tão grande, tanta tristura,
Que sempre temo nunca vá embora,
Transformando-se em perene amargura.
Lembra-me, então, um verso de Bandeira:
“Só a dor enobrece e é grande e é pura,”
O que parece colossal asneira
Do bardo sempre ao pé da sepultura.
Por que vamos amar um mal sem cura,
Se o mundo não tolera choradeira,
Antes sendo feliz que sofredor?
Quem pensa seja, pois, esse Bandeira:
Um simples vate da fama à procura,
Ou de Cristo na terra sucessor?
Alcir Pimenta
(Rio de Janeiro)
POEMAS
VENCEDORES DO PRÊMIO FUNDAÇÃO EDUCACIONAL UNIFICADA CAMPOGRANDENSE ( FEUC) DE
LITERATURA 2014
1º LUGAR – CATEGORIA ÂMBITO NACIONAL
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