Amor nunca é veloz
de forma alguma.
É feito de escombros lentos,
forjados inteiros de uma ranhura.
Profundo em rasos tempos,
é tudo: em pouca textura.
Corte na cicatriz vindoura
seca a água que nos sacia.
E quando o olho dilacerado vê
as ruínas já são outras coisas:
Uma flor que não disse primavera;
Um céu onde se pousa;
braços ruidosos como laços;
olhos com a pele de uma lâmpada;
O que era eu: um adeus breve.
O que eras tu: nova mariposa.
Julio Almada
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