Com cacos de cristal
e
fragmentos de metal
– viu? –
teço
um tapete
irreal
(que a noite
aleivosamente desfaz),
vitral
sob o qual se filtra o sem-final,
mural
que reordena o ordinário,
e mais:
mosaico de arco-íris,
cloaca de metáforas
– indefinidamente.
Do tempo que passa
– e como passa! –
o meu poema
é sucata.
Tão-somente.
Otto Leopoldo Winck
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