Nunca escrevo textos, a publicar aqui. Não é embirração. É
por gostar mais de conversas cara-a-cara com os meus AMIGOS (que são sempre os
melhores do mundo e a quem prefiro a todos os outros com quem possa até ter uma
relação amistosa - a não confundir, ainda, com amizade, para não resultar em
desgosto). Porém, de vez em quando, há coisas que me esgotam a pachorra, me
irritam o bichinho do ouvido e os códigos por que me oriento, ou que podem, tão
simplesmente, acordar-me a vontade de pôr os pontos em alguns iis - que isto de
se ser educada e respeitar os outros dá margem de manobra a todo o porco,
sabujo ou porca!
Sou do signo de Carneiro. Não esperem, portanto, que marre
de lado. Se e quando o faço, é de frente. Não calunio, ao contrário das muitas
cobras venenosas, de coração raivoso e mente negra, que rastejam na bosta, cheiram
mal da alma e só têm tomates para - depois de termos passado, de perto ou de
longe, tanto faz -, nos ferrarem os dentes sujos nos calcanhares, porque são, e
não querem deixar de ser, cobardes, vis, hipócritas e invejosos, ou seja, no
geral, inqualificáveis!
Ninguém é obrigado a gostar de mim, mas, ao menos, quem se
dá comigo sabe com o que conta. Não sou bruta, sou sincera. Não tenho mau
feitio, tenho mau génio. Desde a raiva até à boca, há um rastilho (que,
frequentemente, lamento) curto, que me solta a língua. Temos pena... . É
possível que o menos atento confunda franqueza com brutalidade. Com o tempo,
talvez nos entendamos. Quando não, os nossos caminhos terão que divergir.
Continuamos a ter pena...
Sou directa, honesta, firme e fiel aos meus amigos, odeio
falsidades e mentiras, sejam de que tipo forem. Cada vez sinto asco mais
profundo por aqueles que falam mal de alguém ausente. Ninguém está a salvo da
porcaria alheia, toca a todos, é sabido, já que a humanidade é, em grande
parte, constituída por paralisados emocionais, víboras exaltadas, ociosos do
espírito, coxos de Alma, gente de duas caras (no mínimo), mas, eu detesto o
género de pessoa que nos impõe a sua presença, num evento aberto ao público, e
que, por isso, passa a dizer-se nosso grande amigo, conhecedor encartado do
nosso interior, ou aquele que, durante uma conversa, por nos ter visto entrar
ou sair do prédio, arrumar o carro à porta, atira para o ar a nossa morada,
validação de uma (claro que inexistente) frequência da nossa casa: "conheço
muito bem. Mora aqui, ou ali", etc. "Conheço muito bem", uma
porra! O raio que os parta! Arranjem vida própria! Construam qualquer coisa!
Tratem-se, matem-se, mas, vão para o diabo que os carregue!
Só peço a Nosso Senhor Jesus Cristo que, na sua infinita
misericórdia, não me permita dar de caras com A ANORMAL, A VAMPIRA DOENTE
MENTAL, A DESEQUILIBRADA EMOCIONAL, A LÍNGUA DE CICUTA, MENTE DE CACA, COM
CARÁCTER DO MESMO MATERIAL DEGRADADO que, tendo-me, decerto, em maior conta do
que eu mesma, se faz passar por muito minha e antiga amiga (vi-a duas vezes. A
primeira, por obrigação. Na segunda, não trocámos mais do que a saudação -
porque sou bem educada!). Tem idade para ter juízo, devia ter formação moral,
mas, enferma de vários males. Dá-se ao luxo de opinar sobre a minha vida,
gabando-se de uma proximidade inventada e de um falso conhecimento de mim.
Entretanto, eu, que não tenho nada com isso; que NÂO sou responsável pela
loucura desvairada, pelas frustrações, pela ordinarice, pela hipocrisia, pela
falta de carácter, pelo vampirismo, pela inveja que (involuntariamente)
desperto no espírito fraco e ressabiado seja de quem for, quero que vá fazer-se
catar, com ph de farmácia!!!!!!!!
Margarida faro
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