segunda-feira, 8 de dezembro de 2014



John! Eu penso na minha paixão pela lua, e de quando um reles arbusto a encobria e, deitada de bruços na cama eu dançava no travesseiro para buscá-la, para fitar a magia... Alguns tem este destino de lua, que os toscos tentam tapar, nublar, engolir, matar... E a lua está lá... Basta buscar, virar a cabeça, um gesto mínimo... Acho que o mundo entende bem isto quando a luz lua tua foi apagada por um arbusto apodrecido, galho morto, sonso... Acontece. E como creio na atemporalidade, no sonho, na espera, no tempo flexível, ainda estás - sempre e sempre - às portas de strawberry field, ao lado dos meninos em um pub encantando e encantando, ainda estás travando a inútil batalha da paz, inútil e necessária, a utopia única, nosso delírio poético, nosso sonho, que quando acaba renasce, que quando murcha a água da tenacidade retorna para florir again and again. Então, eu pensei - não faz tanto tempo assim - quando li 34 anos daquela patifaria do Chapman, eu pensei não, não faz, pois na realidade, ainda estás ali, como a luz da lua nas noites, esperando pelo nosso olhar... e sempre vai ser assim... 

Bárbara Lia

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