Era uma vez uma cigana chamada Kadiana, que desde criança
gostava de brincar com cadeados e tinha facilidade para abri-los. Por isto, ela
tornou-se responsável por todas as fechaduras da sua caravana
Uma certa manhã, seu clã armou acampamento em Paris e
Kadiana foi passear na Ponte das Artes, que atravessa o Rio Sena junto ao
Louvre. De repente, ela escutou um homem cantado no meio da ponte. Deste jeito
aproximou-se do cantor, conversou com ele e os dois se apaixonaram. No final do
dia, Kadiana retirou um cadeado do seu bolso e disse:
- Este cadeado representa o nosso amor. Por isto prenderei
este objeto na grade da ponte e jogarei a chave no rio. A partir de hoje, para
que nosso amor seja desfeito, é preciso que alguém abra este objeto com a chave
original ou destrua o cadeado com uma chave de fenda.
Naquele mesmo instante a ex-esposa ciumenta do rapaz chegou
e derrubou a cigana no rio, que se afogou, dizendo:
- Morrerei aqui, mas todo o casal apaixonado que colocar um
cadeado na Ponte das Artes terá um amor eterno e daqui há cem anos esta ponte cairá
por causa do peso dos cadeados.
O amado da cigana fugiu e nada foi feito contra sua
ex-mulher.
Um dia depois, Francine e Pierre estavam passando pela
ponte. Então a moça confessou:
- Como eu gostaria que nosso amor fosse eterno.
De repente, apareceu Kadiana que disse:
- Eu sei de uma simpatia, sobre esta ponte, que transforma
qualquer paixão em um sonho eterno. Basta vocês colocarem um cadeado, com os
seus nomes, na grade desta ponte.
Pierre pegou um cadeado do seu bolso, escreveu o nome do
casal e grudou na ponte. Após o moço fazer isto, Kadiana desapareceu. Assim,
Francine contou, para todas as suas amigas, sobre a simpatia da cigana da
ponte. Desta forma, a ponte foi lotando de cadeados conforme o passar dos anos.
Por coincidência, em 2014, parte da Ponte das Artes caiu
devido aos muitos cadeados presos nela.
A Cigana do Cadeado é uma entidade que trabalha com o amor
romântico e esta simpatia do amor eterno pode ser feita em qualquer ponte, pelo
casal, desde que ninguém se esqueça do cadeado.
Luciana do Rocio Mallon
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