Tentar não pensar em ti é como
tentar não pensar por palavras:
um perigo ainda maior... Melhor
o pensamento que morde e roça.
Que mente à mente e ama o amor
nas vestes tuas, nuas. Amor met-
amorfo, delirante ser demente: nu.
Tão só. Tão absurda, loucamente
só. Ele dança, — a dois. Ri, sorri;
se alegra, e vira em versos, valsa.
Amor, demente e genial pintor...
Subversor das horas e semínimas.
Ladrão, saqueador de sonhos, de
pomos que se não sabiam belos,
— ou nus.
Amor, marginal e meigo, amor.
Quase inocente...
Quase luz e quase treva inteira.
Amor: demente e genial amor.
Igor Buys
06 de janeiro de 2011
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