Eu acordei a ouvir o sanhaço azul
De ouvir o azul sanhaço despertei
Que privilégio viver nesta cidade inserto na floresta!
Incerto céu de pedra, e copa, e mais acima anil e anjo!
Polifônica alvorada do mundo: carro corre, e curva.
Bach e Braque pintando sobrepostos, som e cor, carro e
flauta.
Depois vem a vizinha, liquidificando as formas.
O vórtice da máquina que volve fruto em fração molar.
E o sanhaço novamente me arrebata...
Rebate o anjo alhures — ainda é tempo de sonhá-la.
Igor Buys
07 de janeiro de 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário