Tudo tem seu ciclo: o sol que morre é o mesmo sol que
nasceu. A árvore tombada já foi uma árvore frondosa e antes disso um arbusto e
um broto. O caixão tem o formato do berço. A mão que se ergue para o adeus é a
mesma que apertou sua mão na chegada. Os lábios que hoje entoam um canto
fúnebre já cantaram uma canção de amor e antes disso uma cantiga de ninar. Tudo
tem seu ciclo. Felizes são aqueles que sabem quando um determinado ciclo se
encerrou.
Otto Leopoldo Winck
Nenhum comentário:
Postar um comentário