quinta-feira, 28 de maio de 2015

RESPOSTA DADA À PERGUNTA NÃO FEITA


Cheguei sem saber o que era o quando,
E não me importava como tinha sido a viagem.
Havia sim, uma luz que mostrava o caminho,
Porém, não havia rota,
Mapa ou manual de orientação.
Se..., cheguei a esse 'aqui'..., algum lugar,
Foi porque de um 'lá'..., parti.
Se..., parti foi porque onde era o lá,
Aconteceram desencontros.
Se..., os encontros salutares fossem,
Teria eu lá permanecido.
Será ?
A existência mostra paradigmas,
Mais antagônicos que conformes,
Mas, Socratianamente..., 'nada sei'.
Será ?
Do que me é mostrado ou identificado,
Por quem nada sabe e muito menos quem é,
Em nenhuma palavra posso acreditar.
Nem nas minhas ?
Incertezas fazem parte de minha certeza,
Nenhum sentimento me tira a lucidez,
Contanto que eu mantenha a coragem,
De arriscar e racionalmente, jogar.
A vida é um jogo impar de trunfo emocional,
Em que o instinto dá cartas e esconde o naipe,
E sem me roubar, blefa sobre minha jogada,
À espera que meu crescimento se mostre maturo.
Sem ser louco me alço a alto voo e flano,
De cima não admiro os que no chão se mantém,
Ao contrário me preocupo com cada um,
Pois, é mais difícil entender e aceitar,
O padrão antagônico da infelicidade,
Que ser livre, tirar os pés do chão e sonhar.
Sou aquilo que sozinho me fiz,
Por não ser sequitário não tenho culpas,
Meu passado é meu juízo de reconciliação,
Com um futuro que não sei..., se é certo,
Sendo que a ambivalência do hoje presente,
O divide num ontem que não mais existe,
E quando ontem..., se mostrava amanhã.
Minhas tomadas de decisões, ou escolhas de vida,
Meu livre arbítrio, ou meus erros a serem cometidos,
Traçaram meus novos passos de onde estava,
Para o aonde vim, sem que com isso,
Aqui deva eu permanecer, salvo dileto encontro.
Minha realidade é a estática vida física temporal,
E atualidade é minha essência dinâmica permanente,
Minha vida se esvai na conduta que degrada matéria,
Mas, meu 'Ser' espiritual se gradua na mesma proporção.
Enfim..., sei que são os reveses,
Que compõem os degraus íngremes,
E que patamares de muitos "Não's"
Ou corrimãos de alguns "Sim's",
Constroem a escada que...,
Todos..., subimos..., indo,
Ou descemos..., ao voltar...,
Sem ao menos sabermos..., por quê.
Resta, portanto, seguir a caminhada,
Subir a escada, escalar a montanha,
'Sonhar' e 'Voar' para que haja o viver,
Fazer poesia, e amar, e amar e sentir,
Que no mínimo..., tudo isso vale à pena!

Olinto Simões – 24/05/2015 – às 03,12 h.

Quem leu até aqui, e serão bem poucos, entenderão porque não vivo postando textos meus. É que não sei escrever..., pouco.

Risos.

Quem quiser comentar, inclusive o que escrevi no final, agradeço. Serão amigos, poucos bem os sei, que terão a 'Pachorra' de perder um tempão..., com poesia.


Abraço e meu respeito a você, que..., repito..., leu tudo até aqui.

Nenhum comentário: