Quando fazia amor com ela,
cerrava os olhos
apertando-os
e mergulhava muito fundo
como fugisse ao entorno
como buscasse — a outra
para além da tona do real
lagoa adentro
de sua morna, morena acolhida.
Um dia, enquanto o fazia
ela me bateu,
me esmurrou as costas,
várias vezes... E urrou.
Saí de dentro dela
e a fitei. Atônito...
Estava triste, ferida;
virou-se.
(teriam meus pensamentos
sussurrado pelos meus
lábios!...)
Estava tudo acabado.
Não foi necessária palavra.
Estava tudo entendido.
De algum modo.
Telepaticamente.
Igor Buys
17 de novembro de 2010
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